domingo, 16 de outubro de 2011

O líder consagrado

Extrato da aula do CTL, na Videira – Igreja em Células (Diego Barbosa):

  1. Um líder consagrado procura responsabilidade; Um líder corrompido procura cargos.
  2. Reúnem o rebanho. Um líder corrompido não procura juntar o rebanho, fazer comunhão, acompanhar suas ovelhas. O líder consagrado procura tomar posição e agir como líder. Procura ganhar almas para Jesus e acompanhá-las em seu crescimento.
  3. Reconhece que as ovelhas pertencem a Deus. Líderes corrompidos reinvidicam as ovelhas para si. O líder consagrado é um mordomo de Deus.

Impecilios para o fluir da célula:

  • Lider ditador: Manipula a pessoas de forma radical; Incentiva a competição na célula; Centralizador; ameaçador.
  • Costumes e tradições sobrepostos à Bíblia. Os costumes contrários à Biblia devem ser eliminados, mesmos os mais antigos e tradicionais.
  • Exercício da autoridade através da manipulação e controle. O discipulado deve ser exercido em amor e baseado na verdade;
  • Devemos praticar o amor e a concordância, sem contudo, tolerar o pecado e a falta de compromisso;
  • Autoridade exclusivista, impedindo os discípulos de buscarem outras fontes de conhecimento, outras lideranças;
  • Autoridade perfeccionista: cobrança excessiva de detalhes insignificantes, criando a sensação de incapacidade nos liderados;
  • Temor e paternalismo. Líderes não exercem a autoridade por medo de sua própria incapacidade. Outros não a exercem por parternalismo, superproteção a seus líderados, não os disciplinando nem permitindo seu crescimento.

domingo, 11 de setembro de 2011

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Download – Poesias Evangélicas (e-Book)

E-book ÁGUAS VIVAS - Antologia de Poesia Evangélica para download

Amados irmãos e leitores, é com imenso prazer que trago até vocês mais uma antologia poética. ÁGUAS VIVAS é um e-book gratuito, uma antologia reunindo textos de 10 poetas evangélicos contemporâneos, apresentando autores relativamente pouco conhecidos ao lado de outros já consagrados, como o Pr. Israel Belo de Azevedo, Pr. Josué Ebenézer e o Prof. Noélio Duarte, membros Academia Evangélica de Letras do Brasil (AELB), e o bardo português João Tomaz Parreira, entre outros. Leia alguns trechos da apresentação: “Águas Vivas, mais que uma simples antologia poética, nasce como um oportuno projeto, que visa a aproximar ainda mais leitores e poetas evangélicos contemporâneos. Por um lado divulgando a poesia evangélica e incentivando a produção de bons autores, e por outro, apresentando ao leitor um breve, mas significativo panorama da obra destes bravos bardos que têm na fé evangélica e no manejo das palavras o traço de sua união. E projeto ainda porque meu objetivo, se o Senhor assim o permitir, é organizar de tempos em tempos novos volumes desta antologia, contemplando a obra de muitos outros autores.

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Tenha uma boa leitura, e sinta-se livre para compartilhar este livro eletrônico com seus amigos, irmãos e contatos, mas lembre-se: a obra não pode ser comercializada de nenhuma maneira, estando liberada sob uma licença Creative Commons.” Em ordem alfabética, os autores que compõem este livro são: Brissos Lino, Gilberto Celeti, Giovanni C. A. de Araújo, Israel Belo de Azevedo, J. T. Parreira, Josué Ebenézer, Luiz Flor dos Santos, Noélio Duarte, Sammis Reachers e Wolodymir Boruszewski (Wolô). São 163 páginas, em formato PDF. Para você baixar, divulgar e compartilhar à vontade.

Para baixar o livro, Clique Aqui.

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Irmãos, estejam livres para reproduzirem este post em seus blogs, e/ou disponibilizarem este livro para download direto a partir de seus blogs e sites, sejam pessoais ou institucionais, sem a necessidade de prévia autorização. Sammis Reachers, org.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

AS IMPLICAÇÕES MORAIS DO DARWINISMO

 

www.segs.com.br - Fonte ou Autoria é : Armando Luis Francisco

28-Jul-2009

Earl Aagard
A vida humana parece ter perdido sua dignidade e valor. Pergunte a um muçulmano na Sérbia, um ba’hai no Irã, ou um cristão no Sudão. Observe Jack Kevorkian facilitando o suicídio e sendo abraçado como um contribuidor sério e mesmo valioso à sociedade. A questão surge: O que é importante a respeito da natureza humana?

Tempo houve em que podíamos culpar de barbarismo, o pagão, o selvagem, ou os fanáticos. Nomes vêm à mente: Hitler, Ghengis Khan ou Pol Pot. Mas não estamos falando do passado. Estamos à beira do século 21. O conhecimento aumentou: astronautas cruzam o espaço; satélites circulam o globo trazendo informação de toda parte para todos os lugares em poucos momentos; galáxias distantes são objeto de estudo; e genes dentro de nosso corpo são pesquisados em busca de uma chave para os mistérios da vida humana. Mas ainda resta a pergunta — simples, contudo muito profunda: Que há de especial em pertencer ao gênero humano?
Para muitos filósofos, incluindo alguns que se dizem cristãos, a resposta é cada vez mais, muito pouco. Com todo o conhecimento científico de hoje e o progresso técnico, uma visão completa do registro histórico, os seres humanos são ainda tentados a violar direitos humanos básicos.
Depois da Segunda Guerra Mundial, os julgamentos de Nuremberg expuseram o mal que se oculta no coração humano, e mostraram como a sociedade mais culta e civilizada pode chafurdar em esgotos morais, virtualmente apagando o significado espiritual de “humanidade”. As lições daquela guerra levaram as Nações Unidas a votar, em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Este documento afirmava a dignidade e igualdade de todo ser humano, exigindo que as sociedades civilizadas protegessem os fracos das agressões dos fortes. A declaração ainda está de pé. Por que, então, estamos falando de direitos humanos e dignidade?

O mito das origens

A resposta pode ser achada na explicação científica aceita quanto à origem da vida e sua diversidade, uma explicação que deixa fora o Deus da Bíblia. Esta perspectiva é claramente exposta no livro de James Rachels, Created from Animals: The Moral Implications of Darwinism (Criado Como Descendente de Animais: As Implicações Morais do dar-winismo, New York: Oxford University Press). O autor arrazoa como um adepto da evolução naturalista. Sua conclusão, fortemente documentada, é que o dar-winismo subverte a doutrina da dignidade humana. Os seres humanos não ocupam um lugar especial na ordem moral; somos apenas uma outra forma de animal.
Esta opinião não é nova. Em 1859, o Bispo Samuel Wilberforce advertiu que o darwinismo era “absolutamente incompatível” com a opinião cristã da condição moral e espiritual do homem. A Igreja Batista do Sul dos Estados Unidos, em 1987, reafirmou a opinião de Wilberforce. Mas não há unanimidade entre os cristãos. Há um século Henry Ward Beecher, o pregador famoso, sugeriu que a perspectiva evolucionista realçava a glória da criação divina. O Papa João Paulo II está disposto a aceitar o processo evolucionário como o meio usado por Deus para criar o corpo humano (mas não o “espírito”, o qual ele insiste que é objeto da criação imediata de Deus).
Mesmo os cientistas estão divididos nesta questão. Alguns (tais como Steven Jay Gould) dizem que o darwinismo e a religião não são incompatíveis, que uma pessoa pode ser ao mesmo tempo teísta e darwinista, enquanto outros (William Provine) afirmam que o darwinismo torna toda religião não só supérflua, mas insustentável.
Rachels argumenta (“Precisa um Darwinista ser Céptico?”) que a teleologia (direção e propósito) na Natureza é irrevogavelmente destruída pelo darwinismo. Sem teleologia, a religião precisa “retrair-se para algo como deísmo, ... não mais... apoiando a doutrina da dignidade humana” (págs. 127, 128). Este argumento é forte, e precisa ser refutado se um darwinista religioso quer resgatar o ensino bíblico de que os seres humanos são criados à imagem de Deus e ocupam um lugar especial na ordem divina. Como Rachels nos lembra: “A tese da ‘imagem de Deus’ não se enquadra com qualquer opinião teísta. Requer um teísmo que vê a Deus como ativamente planejando o homem e o mundo como um lar para o homem.”
Em “Quão Diferentes são os Seres Humanos dos Animais?” Rachels conclui que o darwinismo destrói qualquer fundamento para uma diferença moralmente significante entre seres humanos e animais. Se o homem descende de símios por seleção natural, ele pode ser fisicamente diferente de símios, mas não pode sê-lo de modo essencial. Certamente não pode ser em qualquer aspecto que dê ao homem mais direitos do que a qualquer animal. Nas palavras de Rachels, “não se pode fazer distinções em moralidade onde nenhuma existe de fato”. Ele chama sua doutrina de “individualismo moral”, e rejeita “a doutrina tradicional da dignidade humana” junto com a idéia de que a vida humana tenha qualquer valor inerente que os seres não humanos careçam.

Individualismo moral

Em “Moralidade Sem Que os Seres Humanos Sejam Especiais”, Rachels trata primeiro da igualdade humana, e depois a rejeita! Os seres humanos podem ser “tratados como iguais” somente se não houver “diferenças notáveis” entre eles. Essas “diferenças notáveis” poderiam ser usadas para distinguir gêneros, raças, religiões e indivíduos. Aceitando conceitos dar-winistas ele estende a análise aos animais, não admitindo superioridade humana automática sobre coelhos, porcos ou baleias. Sob “individualismo moral”, quando confrontado com o uso de um ser humano ou de um chimpanzé para um experimento médico letal, não mais podemos decidir a questão argüindo que o chimpanzé não é humano. “Teríamos de perguntar o que justifica usar este chimpanzé, e não aquele ser humano, e a resposta teria de ser em termos de suas características individuais, e não simplesmente por pertencerem a este ou àquele grupo” (pág. 174).
Considerando o papel crucial de “diferenças notáveis” nesta ética, a gente procura alguma definição formal do termo. Rachels não dá nenhuma. Em vez disso obtemos “algo de como o conceito opera” num exemplo de testar cosméticos nos olhos de coelhos, e um palavreado difuso. Isto não é defesa contra o egoísmo e o mal que vemos em nós mesmos e em nossos semelhantes.
A experiência demonstra que qualquer norma moral fraca e relativista será torcida em qualquer forma que seja necessária para nos permitir fazer o que quisermos a nosso próximo. Há muitos exemplos: escravidão; perseguição racial e religiosa; um milhão de abortos por ano nos Estados Unidos; a epidemia de abandono, abuso e morte de bebês; leis que permitem suicídio assistido e eutanásia; expurgo étnico, etc. Precisamos ter uma norma clara de nossas obrigações para com todo membro da família humana. Essa é a diferença entre moralidade e amoralidade. Não há terreno neutro.

Darwinismo e amoralidade

A conexão entre darwinismo e amoralidade é agora explícita. Na New York Times Magazine de 3 de novembro de 1997, Stephen Parker escreveu sobre “psicologia evolucionista”. Ele nos diz que “filósofos da ética concluíram que... nossos neonatos imaturos não possuem o direito à vida mais do que um camundongo”, e alega que “o infantocídio pode ser o produto de trauma maternal” visto “ter sido praticado e aceito na maioria das culturas através da história.” Ele assim liga o infanticídio diretamente a nossos ancestrais e à luta pela sobrevivência
darwiniana, que por vezes requer que as mães matem seus filhos a fim de promover seu futuro reprodutivo. Em artigos como este, aquilo que outrora era impensável é apresentado como razoável e aceitável. Estamos sendo amaciados para uma mudança na moralidade da comunidade — que mantém que alguns seres humanos merecem respeito e proteção, mas outros não, e podem ser mortos com impunidade. Podemos ver esse processo em operação hoje, nos pronunciamentos acadêmicos, e cada vez mais na mídia popular.
Há apenas 50 anos, toda nação com voto nas Nações Unidas rejeitou este modo de pensar. A ética que emerge no Ocidente é um repúdio direto da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Em seu preâmbulo, a Assembléia Geral das Nações Unidas unanimemente (com oito abstenções) declarou que “o fundamento da liberdade, justiça e paz do mundo” é “o reconhecimento da dignidade inerente e dos direitos iguais e inalienáveis de todos os membros da família humana.” Nos próprios Artigos, achamos que “Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos” (Artigo 1); “Cada um possui todos os direitos e liberdades anunciadas nesta Declaração, sem distinção de qualquer espécie” (Artigo 2); “Todos têm direito à vida, liberdade e segurança de sua pessoa” (Artigo 3); “Todos têm direito ao reconhecimento em toda parte como uma pessoa diante da lei” (Artigo 6); e “Todos são iguais diante da lei e têm direito sem nenhuma discriminação à igual proteção da lei” (Artigo 7). Esta linguagem não é equívoca; não pode haver confusão quanto a seu significado. Aceitar o que Rachels e Pinker estão oferecendo significa voltar as costas à sabedoria do passado.
Maturidade (e nossa segurança) exige reflexão honesta. Um sistema de ética baseado em relativismo moral sempre terminará com o forte no poder e o fraco debaixo de seu calcanhar. A filosofia darwinista, levada à sua conclusão lógica, não nos leva a parte alguma, e isso devia bastar para que a rejeitássemos. Talvez não devêssemos estar surpresos de ver os darwinistas abraçando uma filosofia tão cruel e utilitária, mas o que mais surpreende é o número de moralistas, filósofos e outros que se identificam como cristãos mas insistem que adotemos uma ética tão diferente da de Cristo.
O argumento a favor do relativismo moral é sutil à primeira vista. Freqüentemente começa reafirmando a verdade biológica (e bíblica) de que somos humanos desde o momento da concepção. Mas, depois nos é dito que há uma diferença entre um “ser humano” e uma “pessoa”, e que “personalidade” é a categoria que um ser humano precisa alcançar a fim de ter direito à vida. As qualificações para “personalidade” variam — mas geralmente incluem a posse de consciência de si mesmo como condição necessária para ser uma “pessoa” com pleno status moral (por exemplo, ter o direito de não ser morto). Naturalmente nenhum ser humano nasce com consciência de si mesmo, e muitos de nós podemos perder a consciência, temporária ou permanentemente, devido a trauma, enfermidade ou idade.
O individualismo moral (ou a ética da “personalidade”) e a declaração das Nações Unidas dos Direitos Humanos colidem; são inteiramente incompatíveis. A Declaração das Nações Unidas é fundada sobre a tradição moral judaico-cristã — uma tradição que remonta a milênios. O “individualismo moral” pretende ser fundado na razão humana, e é expresso em afirmações que começam com: “Eu argumento....” “Eu vejo...”, ou “Eu sustento ...”. O “individualismo moral” propõe que tanto os seres humanos como os animais devem ser julgados pelos mesmos critérios relativistas. Neste universo moral, seres humanos perderam seus direitos inalienáveis à vida, algo que os cristãos defendem na base da declaração: “Criou Deus o homem à Sua imagem: à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou” (Gênesis 1:27).

Tirado do pedestal

Tirando os seres humanos do pedestal de dignidade sobre o qual a Bíblia os colocou tem implicações para todos, não somente para os pacientes em estado comatoso, os neonatos com defeitos, os velhos enfermiços, e outros diferentes de “nós”. Debaixo da ética do “individualismo” não há princípio que impeça que uma raça classifique outras raças como não plenamente humanas e de escravizá-las ou eliminá-las. Não há princípio responsabilizando aqueles que procuram degradar os outros ao status de “não-pessoas”. Não há princípio condenando os pais que recorrem a testes pré-natais para determinar o sexo de um feto e depois abortam se for menina. Não há princípio para impedir que uma sociedade determine que o pleno status humano não seja atingido antes dos 3 ou 4 anos, e de fundar centros para eliminar as “não-pessoas” indesejáveis. Não há princípio para impedir a clonagem de um indivíduo, ou o uso do ser humano como um estoque de órgãos avulsos. Podemos recuar destas sugestões, mas a verdade é que quando abandonamos o imperativo bíblico de que a vida humana inocente é sagrada e não pode ser tocada, estamos todos debaixo de risco, porque quando os fortes dominam, “a força faz o direito”.
Quando moralistas cristãos chegam às mesmas conclusões que os darwinistas sobre nossas obrigações para com o nosso próximo, é tempo de pensar cuidadosamente. Deus nos criou, e Ele conhece o mal de que somos capazes. Por esta razão, Ele nos instruiu a tratar todos os seres humanos como dignos de respeito. Nem o “individualismo moral” nem a ética da “personalidade” é compatível com a interpretação tradicional das Escrituras, e isso deveria ser razão suficiente para rejeitá-los. Mas, além disso, para aqueles cuja fé é fraca, a história oferece muitas demonstrações de que antes de qualquer matança tem havido uma divisão da população em “nosso grupo” (protegido) e “os demais” (não protegidos) que torna permissível ir adiante com a matança. A maior parte dos moralistas relativistas não tem esta intenção. Estão simplesmente tentando criar uma base não-dogmática, racionalista para um comportamento que eles julgam apropriado.
Creio que James Rachels tem razão em seu argumento: Uma pessoa não pode ser darwinista e manter de modo lógico a opinião tradicional de que a vida humana é sagrada. A pergunta mais imediata para os cristãos parece ser mais relevante: Pode uma pessoa crer que a vida humana não é sagrada e ainda ser cristão?


Earl Aagaard (Ph.D., Colorado State University) é professor de biologia no Pacific Union College. Seu endereço postal: 3 College Ave., Angwin, California 94508. E-mail: eaagaard@puc.edu

terça-feira, 23 de junho de 2009

Qual Jesus você serve?


Cada vez fica mais evidente a diferença entre aquilo que Cristo pregou e viveu, e aquilo que os seus discípulos pregam e vivem. Muitos “seguidores” de Cristo parecem ignorar diversos fatos da vida do Mestre, dando a clara impressão de servirem a outro Jesus, que não é o da Bíblia.
Vemos os “discipulos” da atualidade ensinando uma religião hedonista, onde Cristo não é o salvador da alma, e sim o salvador “da pele”. O objetivo principal dessa religião não é ser salvo ou agradar a Deus, mas desfrutar de todas as benesses de uma vida religiosa. Promete-se uma vida de abundante felicidade e isenta de enfermidade ou dor, um oceano cor-de-rosa! Não há nele qualquer menção ao sofrimento, afinal, os filhos de Deus não sofrem nunca, e jamais serão pobres: “Nosso Deus é o dono do ouro e da prata” [1], dizem, ignorando completamente que esse ouro é dele, e não nosso. A dissonancia desse Cristo triunfalista é obvia: Jesus nos chamou para servir a ele, e não para servir-se dele. Ele disse: “Quem quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a cada dia a sua cruz, e siga-me”[2]. E no tocante ao seu reino, ele foi bastante sincero ao dizer que o seu “reino não é deste mundo”[3]. Aqueles que pregam um cristianismo hedonista dizem que ninguém jamais saiu triste da presença de Jesus, pois ele sempre correspondeu às expectativas dos seus seguidores. Eles ignoram o caso daquele jovem rico, que ao ter seu coração descoberto e sua avareza desvelada, se afastou de Jesus, e saiu triste [4]. Evangelho não são benesses temporais, mas uma vida atemporal, no céu. Não é satisfação para os nossos prazeres, e sim a mortificação da nossa carne. Aqueles que pensam que Jesus é um grande solucionador de problemas, um Silvio Santos gospel a jogar aviãozinhos de dinheiro para o auditório, estão muito equivocados. Os que assim procedem, definitivamente, não conhecem a Jesus.
Se por um lado há aqueles que pensam que Jesus é um Silvio Santos celestial, por outro há também quem pense que ele é um fariseu enfurecido cheio de raios nas mãos, pronto para dispará-los sobre as cabeças daqueles que tiverem qualquer comportamento não-religioso. O pior é que nesse exacerbado zelo, eles acabam optando por um ascetismo hipócrita, isolando-se das pessoas e vendo o mundo como um inimigo, e não como objeto do amor de Deus [5]. Estes se comportam como separatistas radicais, fazem violência a individualidade humana ao impor uma série de proibições absurdas, como “não toques, não proves, não manuseies” [6], e se esquecem que Jesus não foi um abitolado que se escondia das pessoas por medo de se contaminar: ele comia com os publicanos pecadores, participava de festas [7], e abriu seu ministério com um milagre sem igual: transformou 600 litros de água em vinho da melhor qualidade! Mas acontece que os neo-fariseus passam de largo por estes textos, preferindo uma fé míope e legalista, do que viver a plena liberdade que Cristo nos oferece. Para os tais, um Cristo que bebe vinho, come com pecadores e é amigo de prostitutas, definitivamente é carta fora do baralho. Aliás, a propria menção da palavra “baralho” é suficiente para provocar-lhes escandalo!
Olho para ambos grupos com uma profunda tristeza em meu coração, pois percebo que nenhum deles compreendeu ainda a essência do evangelho. Como é difícil a moderação! Qualquer que seja a época, a tendencia da igreja (instituição) é sempre polarizar: ou fundamentalista, fariseu e xiita, ou libertino, hedonista e leviano. O bom senso, velho árbitro da moralidade, está em falta na prateleira do mercado religioso. Contudo, o mais deprimente é ver que ambos grupos não conhecem a Jesus. Eles dizem conhecê-lo e até serví-lo, mas na verdade eles adoram um ídolo. Sim, um ídolo forjado por eles mesmos, uma divindade de Edom, feita sob medida para satisfazer suas concupiscências e prazeres mundanos. Ou um outro totalmente diferente, mas igualmente destrutivo, um divinade xiito-farisaica, produto de uma consciência culpada que deseja comprar o favor de Deus mediante sua pseudo-santificação; santificação esta que está muito mais relacionada ao corte de cabelo e com as vestimentas, do que com o caráter, pensamentos e atitudes de Cristo. Ambos pisam a graça divina, pois se o hedonista não pensa nas coisas espirituais e anela um céu na Terra, o legalista deseja até morar no céu, mas não está disposto a confiar na graça barata, na graça de graça: ele quer pagar o direito de piso. Simonista, ele espera comprar o Dom de Deus mediante a observância de certas práticas que, “apesar de parecerem sábias, uma verdadeira demonstração de humildade e disciplina, não tem nenhum valor para controlar as paixões que levam à imoralidade” [8].
Contrastando com o Jesus fariseu e com o Jesus libertino, está o Jesus bíblico. Olvidado e desprezado, já quase não figura nos púlpitos do nosso país. Cada vez mais me convenço de que o Brasil ainda é um campo missionário, pois apesar do assombroso crescimento dos cristãos evangélicos, apenas uma pequena parcela demonstra conhecer o Cristo da bíblia, o qual é “uma pedra de tropeço e uma rocha de escândalo”[9]. Muitos tropeçam, se escandalizam e caem, mas a Providência de Deus afirma: “Quem crer nele não será confundido”[10], e é por isso que, por mais que me apresentem um outro Cristo, e ainda que esse Cristo genérico faça chover milagres do céu, não abro mão das minhas convicções. Eu sei em quem tenho crido. Eu cri no Cristo. Jamais poderão me confundir!
***Notas: 1. Ageu 2.8 / 2. Marcos 8.34 / 3. João 18.36 / 4. Mateus 19.22 / 5. João 3.16 / 6. Colossenses 2.21 / 7. João 2.1 / 8. Colossenses 2.23 / 9. Romanos 9.33; 1Pedro 2.8

por: Leonardo Gonçalves do Púlpito Cristão
Via: Gospel Prime

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